Das tantas coisas que eu poderia listar que admiro em você, pequena, opto pelas menores. Gosto de quando você escorrega os dedos pelas cordas do violão procurando inspiração, sem chegar a tocar nota nenhuma, e de como você torce a boca e o nariz pra pensar. Ou de como você morre de vergonha ao derrubar calda de chocolate na blusa - coisa que sempre acontece - e do castanho avermelhado dos seus cabelos. E de você me mandar mensagens ao longo do dia, puramente por mandar, e de rir das piadas que eu conto.
Uma vez me falaram que adorar é mais forte que amar, porque o amor caiu na boca do povo, é subutilizado, agora a adoração é algo grande, adorar é algo que dá trabalho, que te faz correr atrás. Na dúvida, amo e adoro.
O tempo passa, o sol pinta a tarde e a gente nem vê, ou melhor, a gente vê tão rápido que não nota o tempo passando. É como se aqueles filmes, aqueles em quadros, aqueles mudos. Pra que trilha sonora quando nós somos a música?
Te espio enquanto você não me notar, te respiro até me cansar, te escrevo sem planejar te mostrar, te amo como aquele que ainda sabe amar. E sem notar eu me distraio, perco tempo, arranco folhas de caderno, jogo as idéias pro alto, enlouqueço sóbrio e carente, canto pro espelho embaçado, mas você me deixa contente só de existir, só de sorrir, só de ser.
2 comentários:
você É meu orgulho, anaïs. esse seu texto quase me fez chorar. (:
Belas rimas acidentais,pequena.
Engraçado como tudo soa mais bonito agora que nossas palavras tão todas Los Hermanos.
Eu amei.
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