Antes de tudo, bote pra tocar.
De pés descalços na grama molhada do fim daquela tarde, na beira do lago aquarelável, esperando alguma coisa acontecer. Munida em sua bolsa de tudo o que é necessário nessa vida; lápis, um bloco de folhas em branco, um maço de cigarros e um aparato musical com 30gigas de músicas que valem a pena ser ouvidas. Poderia levar o tempo que fosse, o tempo que fosse para ela se auto-afirmar, para ela ter uma epifania, para ter uma idéia brilhante, ou simplesmente para que ela decidisse que já estava tarde o bastante e deveria ir para casa.
Enrolou o cachecol em volta do pescoço com força, numa tentativa fracassada de se esquentar ou matar, e quando decidiu que já estava escuro e frio demais na beira daquele lugar aquarelado, levantou-se, tomou em mãos suas coisas e se virou para as árvores que lhe indicariam a saída. As mesmas, agora com aparências demasiado retorcidas, apontavam para uma direção ao norte. A garota seguiu as árvores, passando por um grupo de outras árvores igualmente curvadas, seguindo a pequena trilha que dava numa clareira. Clareira esta na qual centenas de fadas dançavam, com suas luzes coloridas piscando sem parar, ou seriam vaga-lumes? Se posso escolher, fadas então. A garota se aproximou devagar, as fadas abriram espaço, o aparato musical foi ligado em amplificadores estrategicamente imaginados na cena pelo narrador-observador e tudo virou festa. {você deve estar, pelo menos no 2:10min de Hello Seattle para continuar a leitura} Dançando a música da noite, e do aparato musical, a garota nunca se sentiu tão bem. Em meio a todas as luzes das fadas, entre as árvores torcidas e retorcidas, com o sangue pulsando em cada parte do seu corpo, sorria e se mexia como se deve fazer, até suas preocupações, pequenos monstrinhos cabeludos, dançavam aos seus pés. Tudo era luz, som, atmosfera, sentido.
A música foi terminando e todos se deitando na relva e rindo de dentro pra fora.
Enrolou o cachecol em volta do pescoço com força, numa tentativa fracassada de se esquentar ou matar, e quando decidiu que já estava escuro e frio demais na beira daquele lugar aquarelado, levantou-se, tomou em mãos suas coisas e se virou para as árvores que lhe indicariam a saída. As mesmas, agora com aparências demasiado retorcidas, apontavam para uma direção ao norte. A garota seguiu as árvores, passando por um grupo de outras árvores igualmente curvadas, seguindo a pequena trilha que dava numa clareira. Clareira esta na qual centenas de fadas dançavam, com suas luzes coloridas piscando sem parar, ou seriam vaga-lumes? Se posso escolher, fadas então. A garota se aproximou devagar, as fadas abriram espaço, o aparato musical foi ligado em amplificadores estrategicamente imaginados na cena pelo narrador-observador e tudo virou festa. {você deve estar, pelo menos no 2:10min de Hello Seattle para continuar a leitura} Dançando a música da noite, e do aparato musical, a garota nunca se sentiu tão bem. Em meio a todas as luzes das fadas, entre as árvores torcidas e retorcidas, com o sangue pulsando em cada parte do seu corpo, sorria e se mexia como se deve fazer, até suas preocupações, pequenos monstrinhos cabeludos, dançavam aos seus pés. Tudo era luz, som, atmosfera, sentido.
A música foi terminando e todos se deitando na relva e rindo de dentro pra fora.
it's not the same without you, 'cause it takes two to whisper quietly
4 comentários:
Someone had a little bit too much of LSD today.
Adorei (:
você escreve lindamente, nana. (:
Better,better.
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