sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Como ela é


Classe média, classe baixa, tumulto, calor humano, vendedores, compradores, ladrões, pais de família, famílias sem pai, correria, bilhetes, transporte público.
"oi, moça, você pode me dar uma ajuda?"
"claro, o que a senhora quer?"
"..tem um trocado?"
"ih, foi mal, tou sem."
Olhares, sorrisos, chuva. Caminhar, vender, sobreviver. Drops, água, um real.
Como toupeiras, correm no subterrâneo parecendo não ver o que acontece a sua volta. Compra bilhete, "olha a bolsa, o cara pegou a bolsa, o cara tá correndo", coloca bilhete, passa na catraca, "ei, não é o cara da bolsa aqui do lado?", abaixa o rosto, entra no trem.
Abaixar o rosto.. não dá pra abaixar o rosto e não ver minha cidade, meu país, meu 'todo dia'.

É bom ver um sorriso sincero, cara do metro e moço do Mentos, valeu mesmo.


2 comentários:

B. disse...

E é por isso que existem pessoas como a Nana, pra dar aquele sorriso sincero e mostrar que cara, mesmo com tudo isso, o mundo não tá perdido.

Ila Marinho disse...

É bom ver você depois de tanto tempo!
Dá pra acreditar que a saudade ainda não passou?