terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Volto no fim de Janeiro

Não sei vocês, mas eu acho estranho saber que em poucas horas estarei em um lugar totalmente diferente, com pessoas totalmente diferentes e fazendo coisas totalmente diferentes das que eu faço aqui. E estou animada. A duração de toda essa 'diferença' me assusta um pouco porque eu tenho uma certa necessidade do meu 'normal' e do meu 'todo dia'. Mas ainda estou animada.
Outra coisa estranha é olhar no teu calendário e pensar, cara, depois de amanhã começa um novo ano, ou até mesmo ah, daqui a pouco começa um novo Big Brother. Estranho é sair na rua, cumprimentar as pessoas e dizer feliz ano novo. Parece algo tão grande, passou tão rápido, eu lembro de me queixar porque eu teria que escrever um ano diferente nas folhas do caderno, me lembro de achar que no ano 2ooo os carros voariam e tudo seria meio Jetsons, me lembro de gostar de ver Papai Noel em shopping, lembro de querer fugir de casa pra poder dormir em casa de amiga, lembro de ter me sentido gente-grande depois do meu primeiro beijo, lembro de esperar o ano todo pra o parque de diversões chegar naquela cidadezinha pra qual eu sempre viajo, lembro da minha mãe gritando pela casa que eu tinha virado mocinha, lembro de querer um adidas star porque todas as minhas amigas tinham um, lembro de quando minha mãe cortou minha franja e eu tive que passar alguns meses usando arco até meu cabelo crescer outra vez, lembro de ter beijado meu primeiro namorado em cima de uma árvore, lembro de ter achado demais tomar um copo de sex on the beach, lembro de ter aprendido que Força resultante é igual a massa de um corpo vezes a sua aceleração, lembro de ter gostado de peguete de amiga minha, lembro de promessas feitas pra dar certeza e de ter tomado Sorvete da amizade. E isso é tudo tempo. Pro ano que vem eu espero continuar crescendo, com saúde e com meus amigos comigo. É a minha fórmula para um bom ano. Com estes elementos básicos eu consigo todas as outras coisas que eu possa precisar, claro, um pouco de açúcar e tempero também ajudam, mas não fazem tanta falta.

Férias cheias de elemento X pra vocês. E de sol. Vou sentir saudade.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Justifico meus atos para mim mesma com afirmações inventadas. E me sinto melhor assim.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Estávamos caminhando na praia, mãos dadas, eu com o anel que você me deu, você com o que eu te dei, você abaixou, jogou um punhado de areia na minha blusa e correu sorrindo, eu corri também e me atirei em você, fomos ao chão, eu peguei uma mão de areia e a esfreguei no seu cabelo, você lutou e virou o jogo, fomos pra água, você pegou um jacaré meio torto tentando se exibir, eu disse pra você tentar outra vez, você foi se afastando, afastando, eu gritava, você não me ouvia, nadava pra longe, eu te chamava, você era apenas um ponto no horizonte, eu chorava, veio uma onda e me derrubou.
Acordei daquele sonho praiano, mais uma vez, procurando por você ao meu lado.
E me decepcionando porque, mais uma vez, você não estava lá.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Feliz natal


That if the moon had to runaway
And all the stars didn't wanna play
Don't waste the sun on a rainy day
The wind will soon blow it all away

Shine On - JET

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Você comigo

Gosto daquela sensação bem brega de que o cantor fulaninho escreveu aquela música especialmente pra'gente enquanto milhões de outros casais acham o mesmo. Já notei que quando estou com você parece que tudo é nosso, o sol, as flores, os prédios, o mundo, tudo meticulosamente criado para nos agradar.
Eu não sinto a necessidade de ir ao restaurante mais caro da cidade quando eu posso comer um cachorro-quente sentada num muro de uma praça qualquer com você, eu não preciso de muito, só de você comigo e quem sabe de uma ou duas flores frutos do impulso de presentear alguém especial, ou talvez eu também precise de um Dvd legal e um pote bem grande de pipoca. Mas fora tudo o que eu preciso, eu só preciso de você.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Histeria

- 11:11!
- Ái, amiga, tem alguém pensando em você!
- Será mesmo? Quem?
- Faz a do alfabeto até 11:12!
- Ái, tá bom! ABCDEFGLMNOPQRS...T...U....V..V..xiVÊ!
- Nem acredito que deu V!
- Nem eeu, nossa, será que ele tá pensando em mim mesmo?!
- Claro que tá, essas coisa nunca mentem!
- Ai, acho que eu devia fazer bem-me-quer-mal-me-quer agora. Vai, me arranja uma flor.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

E foi assim que aconteceu


Era a festa de casamento de alguém da família dela, eu cheguei disfarçada, munida do meu bigode, irreconhecível, entrei na festa. Eu a vi pisar no vestido do padre e tirar a peruca da noiva enquanto ninguém mais olhava, ou será que foi o contrário? Bem, não importa muito, sei que a tal peruca foi parar dentro do bolo, logo depois da tal garota meter o dedo na cobertura e de eu induzir o barman à se enfiar no tal do mesmo bolo. Depois da confusão e de trocar meus sapatos com o da garota, mas que na verdade eram os sapatos da mãe da noiva, fui dançar. A garota dançava com o noivo enquanto a noiva procurava sua peruca, vi o noivo puxar a garota pela mão e eles se afastaram, antes de alcançarem o canto do salão, cuspi, profissionalmente, meu chiclete no cabelo dela e coloquei meu bigode novamente, para evitar qualquer problema. O barman veio me perguntar se eu tinha visto uma garota parecidíssima comigo, mas sem bigode, e eu disse que ela esperava por ele na suite do casal, ele pareceu contente e desapareceu depois de me contar que o noivo me procurava, guardei meu bigode na bolsa e fui até o noivo, ele ficou se insinuando para mim e para a garota, jogamos nossas respectivas cocas-de-puta nele e fomos arranjar mais uns copos. Conversamos a noite toda, ela me contou que pegou o segurança, falei do barman, ela disse que a peruca, na verdade, era do padre e que a noiva não estava procurando porr..caria nenhuma, e por aí foi. Me ofereci para deixa-la em casa, ela aceitou, chutamos alguns vasos ao sair, usando nossos bigodes, claro [eu sempre carrego um extra] e aposto que foi a melhor festa da vida daquela gente. Ou, não, tanto faz, não ligo. Você liga? Acho que depois daquilo você deveria me ligar, para invadirmos mais alguns pares de festas.

Quando todas as suas manias, gostos e pequenas vontades resolvem atacar e sua única opção é posta-las

Boa noite, meu nome é A., vamos falar de mim.
Gosto de ver as coisas com um olho só, gosto dos sorrisos que tiram moral, gosto de girar brincos, gosto de abraços apertados, gosto de fazer pedidos para estrelas-cadentes, gosto de mandar depoimentos por mandar, gosto de cantar e achar que as músicas foram feitas pra mim e para situações específicas da minha vida, gosto de sorriso-torto depois de beijo, gosto de cabelo de argentino, gosto de ver as baquetas enquanto alguém toca bateria, de falar em meio de filme, de rolar a página da internet, de deitar na bancada pra falar ao telefone, de morder lábio e de esconder a barriga.
Não gosto da palavra 'trocar', não gosto de palavras sem hífen, não gosto da versão hold me de Get Back, não gosto dos Irmãos Jonas, não gosto de barulho de garfo no fundo do prato ou do de dobrar papel com as unhas, não gosto de não ter recados novos no orkut, de que me vejam escovando os dentes, de que me levantem, de usar vestido nem de comer frango.
Gosto do lenço-de-piquenique, não gosto de fotos-pra-perfil, gosto de comer pizza com a mão, não gosto de amendoim, gosto de jogar ketchup em quase tudo, não gosto de cigarros, gosto de andar descalça, não gosto de declarações omitidas e gosto de você;


Own..

sábado, 13 de dezembro de 2008

New Mexico?

Joguei um par de mochilas no banco traseiro do meu recém-adquirido Corsa semi-novo e abri a porta da garagem, eram 2a.m., eu só estava um pouco atrasada, mas se mudarmos o referencial eu estava até saindo cedo. Cheguei na porta da casa dele em poucos minutos, apaguei os faróis e liguei pra ele, à cobrar, mas não importava, ele não ia atender mesmo. Aquele rosto alegre logo apareceu na porta da casa, passou pelo portão com cuidado e se largou no meu banco do passageiro.
- Você tá atrasada. - Ele brincou.
- Você sabe o porquê.
- Claro, garotas demoram pra se arrumar, já sei.
- Bom garoto. - Sorri pra ele e lhe dei um beijo.
Tirei o carro dali, o motor tão silencioso quanto o de uma picape velha, mas ninguém pareceu notar. Em pouco tempo estávamos rindo na estrada, uma daquelas bê-erres da vida, não importava qual, nem nós sabíamos direito. O CD que ele havia gravado especialmente para a ocasião fazia o carro tremer, e nossas risadas iluminavam a pista, claro, os faróis ajudavam um pouco, mas fomos basicamente nós. Nossa primeira parada foi num daqueles hotéis beira-de-esquina, foi igual aos filmes, fingimos que tínhamos acabado de nos casar e estávamos viajando, conseguimos o quarto com a maior mordomia possível [água quente e um frigobar] e viramos a noite comendo os chocolates e as barrinhas de cereal que deveriam nos sustentar por alguns dias.
- Puta que pariu! - Ele gritou.
- O que? Tem alguma coisa errada com o chocolate?
- Não. Minhas baquetas! Eu esqueci as baquetas!
Revirei minha mochila e saquei um par de baquetas transparentes.
- Quando você pegou isso?!
- Eu achei mesmo que você fosse esquecer, peguei da última vez que fui à sua casa.
- Childminder! - Ele forjou uma cara de mau e eu joguei as baquetas nele. Ele começou a batucar no colchão da cama.
- Acho que a gente devia dormir, como eu vou dirigir amanhã?
- Eu dirijo.
- Você não toca no meu carro até tirar a carteira, engraçadinho.
- Eu dirijo melhor que você.
- Tanto faz, eu tenho carteira.
Pulamos na cama e batemos nas coisas por muito tempo antes de acabarmos capotando de cansaço. Na manhã seguinte, quando estávamos deixando o hotel, vi o que parecia ser o faxineiro, fazendo um sinal de aprovação para nós. Acho que nosso barulho todo o fez pensar coisas. Rimos todo o caminho até nossa próxima parada, como era de se esperar. Foi assim por um bom tempo, pelo menos até o dinheiro acabar e a gente ter que começar tudo outra vez.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tudo sobre quinta-feira

Tirei meus sapatos tentando não fazer muito barulho, sem saber que você estava acordado. Passei na porta e estava aquela bagunça no seu quarto, um colocava suas tralhas pra carregar, a outra arrumava o colchão, e aí eles sairam, e eu me vi sozinha com você no meio do quarto, sem saber direito o que fazer. Me ajoelhei junto ao pé da cama e apoiei o queixo no seu braço, pareceu algo legal de se fazer, vi você fechar os olhos e respirar fundo. Era engraçado ficar encarando a cicatriz na sua barriga, ela ia do seu umbigo ao iníco da sua bermuda, me lembrava uma cicatriz-de-mãe, mas na direção contrária, e não me dava agonia. Ficamos um bom tempo assim, ou pelo menos me pareceu, você curtindo sua música e eu te observando. Você ainda estava com os olhos fechados quando eu me levantei e beijei sua bochecha, trocamos um 'boa noite' meio murmurado e eu subi as escadas.

Esse seu encanto todo, eu sei como é.

Subi as escadas logo atrás da minha mãe, ela se virou para olhar uma revista e o cara do balcão me sussurou um 'me liga' pelas costas dela, ou pelo menos foi o que eu entendi. Sorri, mandei um 'tchau' divertido e fui saindo, minha mãe me perguntou sobre o guarda-chuva e eu disse que ainda deveria estar lá embaixo. Ela desceu correndo e eu voltei para o balcão, trocamos um sorriso e ele começou a rabiscar algo em um guardanapo, me entregou dizendo 'é hotmail, tá?' e eu respondi que o adcionaria, estendi minha mão e ele a segurou firme, chacoalhei o conjunto algumas vezes, mas ele não a soltou, se estendeu sobre o balcão e me deu um beijo na bochecha. Minha mãe apareceu novamente na escada comemorando com um 'achei!', fomos até a porta e eu olhei pra ele mais uma vez, acho que pisquei involuntariamente com o último sorriso que deixei naquela loja de revistas.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

La piazza

- E o que você acha daquela ali? - Perguntou o loiro apontando para uma garota que passava por entre as colunas de pedra.
- Já peguei. - Se gabou o moreno.
- Sério, cara? E aquela?
- Podia ser um pouco mais alta. - O moreno desdenhou.
- Tudo bem, mas eu não me incomodava com uma dessas lá em casa.
- E aquela? - O loiro voltou a falar e o olhar dos dois parou na ruivinha para a qual ele apontava.
- Aquela.. - o moreno suspirou - não sei, cara, aquela tem um jeito todo estranho, ela me faz sentir.. diferente. É como se.. se tudo começasse a borbulhar por dentro e me empurrasse pra ela. Como se eu precisasse estar perto dela, só perto, só pra saber como é. Só pra não esquecer. - O moreno perdeu a garota de vista atrás de uma porta e voltou a encarar o amigo, que o observava com um sorriso sacana.
- Qual é, velho? Ela te pegou, é? Tá afinzinho dela? - O loiro provocou.
- Larga de ser otário, eu não sei o que é isso. - O moreno retrucou, socando o braço do amigo.
- Relaxa, relaxa. Eu acredito. Vamolá, e aquela ali?
O loiro e o moreno desapareceram com suas motos, o loiro tentando assustar um grupo de garotas que caminhavam despreocupadas, acelerando e assobiando, e o moreno murmurando qualquer coisa ao abaixar o visor do capacete, enquanto se convencia de que era homem demais e galinha demais para essa besteira toda de sentimentos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sabor de fruta mordida

Eu estava na metade do caminho da padaria e alguém me cutucou.
- Oi. - O garoto disse.
- Oi.
- Er.. eu.. acho que você é o amor da minha vida. - Ele disse, olhando no fundo dos meus olhos.
- Por que diz isso? - Perguntei examinando os dele.
- Não sei, algo me disse para chegar e te contar.
- Obrigada. - Sorri.
- Disponha. - Ele sorriu de volta. - Bem.. acho que é isso, tenho que ir agora.
- Tchau, bom te conhecer.
- Também achei.
Ele me beijou a bochecha e desapareceu atrás de umas casas. Segui meu trajeto e comprei meu pão.

O domingo finalmente chegou, dia de andar de bicicleta. Estava passeando pelas ruas quando me deparei com eles, o garoto do outro dia e uma garota que eu nunca havia visto. Eles caminhavam, seus dedos entrelaçados e um sorriso no rosto dela. De repente tudo pareceu tão óbvio, não sei como não notei antes que aquele garoto era o amor da minha vida. Estava escrito na testa dele, e talvez na minha também. Pedalei mais rápido e passei do casal, lancei um último olhar para ele, vi quando ele, discretamente, pegou meu olhar e guardou no bolso. Sorri pra ele e ele pra mim, ele desapareceu atrás de novas casas e eu atrás de toda a minha estupidez.
Não foi a última vez que nos vimos, mas com certeza foi a que chegamos mais perto de um 'felizes para sempre'.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Esvaziar Lixeira

Foi bem assim, cheguei em casa, dei alguns pulinhos e gritinhos e fui checar os e-mails. Nada novo. Normal. Abri 'Meus Documentos' e uma pasta no canto da tela começou a me encarar, 'Escola'. Abri e, sem dó ou piedade, excluí todo o seu conteúdo preparando-a para o novo ano. Tem certeza de que deseja enviar 'pas_conteúdo' para.. Absoluta, cara! ..enviar 'história_gabarito' para.. Enviado! ..enviar 'lista_XII'.. Lixo! E me senti bem, muito bem. Dor de cabeça? Agora só em Fevereiro!

Tem certeza que deseja enviar 'amor.jpg' para a lixeira?
Sim Não

E agora minha cabeça está vazia, e eu não me incomodo. Parou de latejar tem um tempo, foi tudo meio como uma descarga de banheiro de avião, aquele turbilhão louco e depois.. vazio. Não estou tentando comparar minha cabeça com um vaso por ser um vaso, mas encare como quiser.
Anestesia.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

And tonight I know that you know that I know that is not about her.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Meias Flambadas

Antes de tudo, uma música. [Ignorem o backvocal tosco no meio da música]
Eu poderia escrever sobre todas as pessoas que fizeram alguma diferença na minha vida este ano, mas pessoas vem e vão e sentimentos mudam de intensidade. Eu poderia escrever sobre tudo o que fiz esse ano, mas eu não saberia por onde começar, seria uma confusão. Eu poderia escrever sobre tudo o que senti esse ano, mas lembrei que já fiz isso, e é o que estamos comemorando hoje, o primeiro ano de vida da eternização dos meus sentimentos. O Meias. Só eu sei tudo o que está por trás dessas suas páginas, tantos implícitos, tantas declarações, tantos desabafos, tanto de mim em você que até arrepia. E vocês, gente? Quantas vezes seus comentários não me ajudaram? Quantas vezes eles não me fizeram pensar? Eu cresci com vocês, sem dúvida, e ainda bem que não foi diferente.
Os que me orgulho por motivos variados: 26 de Janeiro, 25 de Março, 16 de Maio, 26 de Julho, 18 se Setembro, 4 de Outubro
Bonitinhos de se ver: 20 de Fevereiro, 14 a 20 de Março, 29 de Maio, 21 de Outubro, 23 de Novembro
Os que me envergonham: 12 de Fevereiro, 22 de Agosto, 10 de Outubro, 31 de Outubro
Um ano. Só um ano. Meldels, um ano! Deixo aberto o momento de reflexão sobre o seu ano, aproveite.

Com quem se-rá.. com quem se-rá..?