quinta-feira, 29 de maio de 2008

Último dia

Um grupo de alguns homens e mulheres se protegia do sol sob um velho carvalho, a grama estava tão verde quanto se podia imaginar e as águas do lago reluziam tentadoramente. Um homem de terno se juntou a eles e o grupo estava completo.
Uma das mulheres foi ao chão, tirou as botas, dobrou a barra da calça, abriu um largo sorriso e começou a correr e pular pelo campo chamando os outros. Um dos homens tirou o paletó, afrouxou a gravata, abriu uns botões da camisa e foi ao seu encontro, mais um homem o seguiu e logo todos estavam fazendo o mesmo. Todo o grupo corria pelo campo e todos sorriam sem esconder a falta que sentiram de tudo aquilo.
- Vocês parecem um bando de criancinhas! - Exclamou um dos homens com o rosto brilhando de suor.
A mulher de cabelos não-tão-escuros pulou em suas costas e gritou:
- E você ainda é um crianção! E tira o cabelo da testa pra ver se ela fica da cor do resto do seu rosto, ok?
Os outros riram e concordaram.
A mulher corria de braços abertos na beira do lago, a de cabelos negros veio por trás e se jogou na água levando a amiga pelo braço.
- Que merda de amiga é você?! - Perguntou a que corria, fingindo raiva.
- A melhor que você tem, ok? - A segunda sorriu um sorriso maroto e vitorioso.
A primeira tirou o cabelo do rosto, olhou bem no fundo dos olhos da amiga, respirou fundo e cuspiu água em seu rosto com toda a força que encontrou. Quando a segunda estava prestes a revidar, uma massa de belos cabelos cacheados se jogou na água molhando as duas. Depois dela mais três ou quatro mergulharam e num instante todos estavam dentro d'água.
Um homem com muitos cachos jogou água na morena de cabelo preso, ela se jogou sobre ele tentando afundá-lo, a mulher de cabelos cacheados ria de qualquer coisa com um moreno de cabelos lisos, o homem de olhos claros imitava coisas para fazer a menorzinha rir, o de cabelos negros jogou água na mulher que boiava de cabelos iguais aos seus, o homem de cabelo mais curto saia d'água com uma loira que tremia de frio e dois casais mais afastados brincavam de Briga de Galo.
No começo da noite, devidamente secos e agasalhados, todos se juntaram ao redor de uma fogueira com uma boa variedade de besteiras comestíveis, sorrisos, lembranças e coisas para botar em dia.
Mais tarde os rapazes sacaram seus violões e improvisaram até altas horas com as garotas cantando e batucando, com trocas de instrumentos e funções de vez em quando. A de cabelo preso sugeriu Wonderwall e All Star, eram as poucas que eles lembravam as letras, ou maior parte.
Curtiram o silêncio do lugar e a natureza por uns instantes, depois voltaram a admirar os sorrisos que brilhavam no escuro daqueles que, sem dúvida, proporcionaram as melhores partes de seus dias até então.
Depois disso exploda o mundo que eles nem ligam.

domingo, 25 de maio de 2008

Go fly a kite!

A infância não está perdida. Sim, as pessoas nascem o tempo todo, mas como eu disse há muito: infância está relacionado a modo de vida, não a fase. Eu realmente acredito nisso e acredito que é algo que podemos resgatar.
Procure em você quando tiver tempo.
Quando eu vejo aquelas pessoas focadas que sabem muito sobre pouco eu tenho vontade de saber coisas também, aí eu tento prestar atenção na maior quantidade possível.
Não sei nada sobre a bolsa de valores ou sobre o a população da China, mas sei que as estrelas piscam-colorido; que se eu apontar o 12 do meu relógio para o sol o meio do ângulo entre o 12 e o ponteiro das horas vai ser a linha Norte-Sul; que os cachorros mijam de felicidade; que meu quintal canta com o vento; que um sorriso não está só na boca mas também nos olhos e orelhas; que quando meu irmão está de bom humor te deixa mexer no cabelo dele; que não tem nada melhor que brincar com indicadores; que você pode saber muito mais sobre alguém olhando em seus olhos que tentando descobrir; que não seguir os planos faz bem de vez em quando e que a música certa faz seu coração querer pular do peito e cantar a plenos pulmões para quem quiser ouvir. Me sinto muito bem sabendo coisas assim, sei que ainda tenho muitas coisas importantes para descobrir e sei que não é no computador ou no video-game que isso vai acontecer.
Precisamos pescar mais, correr mais, admirar mais as luzes, tirar férias dos problemas e respirar mais.
Não é um caminho sem volta, você sempre pode voltar e curtir a infância.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Meus arco-íris

As pessoas em seus níveis e classificações só servem pra bagunçar as coisas.
Massa é quando os supracitados resolvem mudar, aí melou tudo. O que era deixa de ser, o que não era vira e você não sabe mais de nada.
Trabalho. Trabalho.
Mas são aquelas coisas gratificantes. Você nem pensa no trabalho.
E com vocês eu vou crescendo :D

quarta-feira, 21 de maio de 2008

No seu bumbum

Ah, era só o que faltava. Pelo amor de Deus, eles são loucos. Todos loucos!
Feliz último feriado do ano, minha gente. Eu vou ler a porra d'um livro repetido enquanto vocês vão pra festas e afins, que tal? É.
E metam suas bebidas no bumbum que eu não quero saber, brigada.
Uhul, festival de gente estranha, aí vou eu. Me aguardem que no fim de semana um monte de crianças e suas respectivas fantasias vão invadir a universidade. É diversão que não acaba mais..
Ah, droga, alguém me arranja uns remédios e um documentário bem chato antes que eu exploda algo ou alguém.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

E se eu te amasse?

Pois é. O que você faria?
O que você diria se eu dissesse que te amo? Mais que tudo.
Amor, sabe? Aquele sentimento que tudo pode.
Aposto que você nunca tinha parado para pensar nisso. Se eu te pedisse para não me deixar?
Quero ver você sair dessa.
Vem cá. Eu, hipoteticamente, te amo mais que tudo nesse mundo.
E aí?
Te dei meu coração enquanto você não prestava atenção.

Surpresa!

Uma vida em linhas

Te contei que hoje eu acordei e o sol sorriu p'ra mim?
Quando fui sair de casa o arco-íris grudou no meu cabelo e as nuvens acariciaram meu rosto.
Encontrei esse cara no meio do caminho, tão gentil, lhe entreguei meu coração.
O cara levou com ele não só meu coração mas também o sorriso do sol, o arco-íris do meu cabelo e o toque das nuvens na minha pele.
Caminhei na vida por algumas ruas e voltei a encontrar o tal cara. Estava mais bonito e usava meu coração no pescoço como um pingente.
Perguntei a ele por onde esteve e porque levara tanto de mim com ele.
Ele me disse que só estava pegando o que era dele por direito.
Seu coração ele havia me dado há muito; o sorriso que ele havia me sorrido roubei; o colorido de seus olhos eu usava no cabelo como fitas e seu toque suave era como o das nuvens.
Percebi que não havia sol ou nuvem me presenteado.
Minha mãe sempre me disse que não podemos ficar com o que não é nosso.
Chorei lágrimas peroladas.
Ele se aproximou, achei que fosse tirar até as lágrimas de mim.
Acariciou meu rosto e me estendeu coração.
O coração não era mais dele ou meu, era nosso.
Nos abraçamos naquela rua vazia enquanto o sol, as cores, o calor e o mundo dançavam sob nossos pés.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

chamem agora uma ambulância

Por mais que procurasse, não adiantava, não havia ninguém ali. Como ela não notara que todos aqueles que a cercavam sumiram por inteiro? Pois é.
Naqueles rostos embaçados não havia alegria, não para ela, eram agora estranhos que riam e riam enquanto ela não via graça. Buscava em vão aqueles velhos rostos iluminados ou talvez os olhares aconchegantes que há muito partiram.
Deve ser algum tipo de pena por ela ter rido apenas para ela, sem dividir o sorriso com ninguém. Agora nem sozinha ela pode rir.
Me pergunto se foi mesmo o cérebro que ela deixou no banco do taxi, um pássaro amarelo me disse que foram os olhos.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Call me a cab


A música gospel enchia a caixa móvel, o taxista pensava em quanto tempo faltava para o fim de seu turno e a menina pensava em tudo, em nada, no bom, no ruim e no que causavam. Não eram coisas tão distantes umas das outras, se quer saber.
Uma coisa leva a outra e outra coisa leva mais além, depois de minutos de intensa reflexão, de pensar em 'quantas pessoas já passaram por esse taxi' e chegar a conclusão de que ele teria muita história pra contar se fosse convidado para tomar chá, o vivido taxi parou em frente ao número dezesseis, o taxista resmungou qualquer coisa, a menina pegou o que lhe restava do dinheiro, amassou-o contra a mão suada do taxista e saiu esquecendo dentro do carro seus devaneios e um pedaço de si mesma.

sábado, 10 de maio de 2008

Meant to live

Vou pr'outro lugar, minha gente. Vou pegar minha bóia e sair pro mar, tou indo pr'onde o vento levar e começar nova vida. O que acham? Não me condenem se eu cortar as cordas que me mantêm aqui, mas é necessário, entendem? Não dá pra sumir do mapa se eu estiver presa.
Prometo que volto quando as coisas se acertarem, nesse meio tempo vivam suas vidas. Sei que quando voltar tudo vai estar diferente e que vocês mal lembrarão de mim, mas é preciso e está tudo decidido.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Lá se foi o efeito do chocolatequente

Quando tudo resolveu mudar? Acho que eu tava dormindo.
Quero só ver..

Never Let This Go

E nessas horas a gente resolve se refugiar com um vício, seja qual for. Uma sensação, uma voz, uma cor, você que sabe.
Minha combinação do momento:
- Laranja - Hay's voice - Um bom livro.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

That's What You Get

Postando rapidamente:
E então, quem já viu o vídeo novo?! Geez, pra variar, amei, né?
Coisa de fã, coisa de fã.. [e aquele final? Hay, você é linda!]
Já que estamos no clima, ouviram a gravação do Sea of Treachery de Misery Business?
Misery Business virou metal, mermão!
Ficou bom, vai dizer..

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Tunts Tunts


A macacada sacudiu o esqueleto a noite toda. O fantasma da festa.

Com todos vocês é tão mais legal.

Joguem os saltos pro ar, hoje eu só quero dançar.