quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Existência

Pessoas se juntam num lugar que chamam de deles; com outras pessoas que chamam de família; decidem compartilhar as coisas (salvo exceções, claro); optam por uma divisão hierárquica dando maior importância à idade e não realmente ao que tem a dizer; fragmentam seus dias em séries de momentos não-prazerosos, segundo eles mesmos, em nome uns dos outros; quando chega a noite e todos se reúnem no lugar comum, se separam por estarem cansados demais para conviver, pela série de coisas desgastantes que fizeram durante o dia (sempre por amor, lógico). Não ter voz, contato ou tempo num sistema desses, tão falho, é normal. O que não se faz pelo amor?
Que bom que é normal, se não fosse acho que eu deveria me preocupar. Ufa.

3 comentários:

L. disse...

muito bom o texto :)
acho muito legal um assunto tão... comum, que todos passamos no dia a dia, ser descrito de uma forma que podemos chamar de artística e o que é melhor... a arte é boa ! :) hehehe

sobre o comentário: criança é tudo, né?! eu mesma fico toda boba. Fui ver esse meu priminho, que nasceu há alguns dias, ontem e é tão... cara, é tão lindo, tão... sei lá.. parece meio surreal. É tão pequeno e já causa um impacto forte... parece um brinquedinho, um boneco muito bem feito, made in China, sacomé ?! *-*

Ila Marinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ila Marinho disse...

There is no perfectly happy family.Every one is messed up (:
Mas as pessoas fazem mesmo sacrifícios por amor paternal,maternal e derivados.O negócio é que a razão desses sacrifícios vai se perdendo..
Pretty sad.