terça-feira, 10 de agosto de 2010

Destrinchando epifania

O sentir do macio das tuas costas ausentes por lei, na gravidade de toda a geografia que eu desconheço - do espaço vazio de onde você deveria estar só sobra o contorno pontilhado. As vezes no olhar a gente sente, e daí provem o rubor, contestável ou não, naqueles momentos característicos. A aflição toda é o estratosférico diâmetro do tempo, multiplicado pela probabilidade monogâmica e exclusiva dos sentimentos inconstantes que afogam. E nesse vai e vem de mim, canto ao vento tentando espantar as variáveis, e, ao mesmo tempo, te fazer me escutar.
Você sabe o que esperar das pessoas?

2 comentários:

Marina disse...

As variáveis... Ah! A inconstância. Ah, expectativas!

Triste que estejam tão costumeiras e presentes em tudo que sentimos.
E só o que devemos esperar, afinal, é o inesperado.
(E aprender aos poucos a sentir o gosto doce que isso pode trazer)

Um beijo, Nana!

Ila Marinho disse...

É engraçado como a gente escreve escreve melhor quando tá confuso ou triste.. Felicidade não produz texto,né? E as palavras ficam muito mais difíceis in times like these.
Você tá num momento que é tão meu,e vice e versa.