segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ponto de fuga


Com esse meu espírito errante de cavaleiro, encaro o horizonte. Não sei qual o mistério por trás do horizonte, linear, estável, tranquilo, mas curiosamente sempre diferente. Deve ser a luz, tudo muda com a luz. Ou talvez seja sua profundidade infinita. Chega a ser assustador, o horizonte, de tempos em tempos. Para aqueles de mente inquieta, pelo menos; como eu, cavaleiro errante.
Tão incerto, vermelho, laranja, rosa, azul, cinza, o horizonte.
Surpreendente, apaixonante, aterrorizante.
O que me esperaria depois do horizonte? E como chegar lá? A cavalo? E meu cavalo cairia da beirada do mundo? Universo planificado.
Só sei que o persigo, desgarrada, na esperança de me encontrar no fim da jornada, mas ouvi dizer que horizonte é igual amanhã; nunca chega. Se nunca chega por que teimo em prosseguir? Só saberei quando chegar. Se chegar. Chegar. Horizonte acaba? Só se você parar de olhar. Mas ouvi que a gente tem que encarar os medos de frente, então não posso parar de olhar.
Declaro, a partir de hoje -então- ser uma encaradora de encantadores horizontes que teimam em brincar comigo. Traiçoeiros. Perfeitos. Distantes. Abstratos. Indescritíveis. Metafísicos.