quarta-feira, 14 de maio de 2008

chamem agora uma ambulância

Por mais que procurasse, não adiantava, não havia ninguém ali. Como ela não notara que todos aqueles que a cercavam sumiram por inteiro? Pois é.
Naqueles rostos embaçados não havia alegria, não para ela, eram agora estranhos que riam e riam enquanto ela não via graça. Buscava em vão aqueles velhos rostos iluminados ou talvez os olhares aconchegantes que há muito partiram.
Deve ser algum tipo de pena por ela ter rido apenas para ela, sem dividir o sorriso com ninguém. Agora nem sozinha ela pode rir.
Me pergunto se foi mesmo o cérebro que ela deixou no banco do taxi, um pássaro amarelo me disse que foram os olhos.

5 comentários:

Ila Marinho disse...

O egoísmo é mesmo uma merda..

Ila Marinho disse...

"Buscava em vão aqueles velhos rostos iluminados ou talvez os olhares aconchegantes que há muito partiram."
Oque ela tem que entender é que os olhares e os sorrisos familiares vão sempre estar por perto,mesmo que ela não consiga vê-los.Tudo que ela tem que fazer é procurar melhor.

Ana Luiza disse...

*chamando a ambulância*

Ila Marinho disse...

Caralho,esse meu comentário anterior foi lindo,fala sério.I'm fucking freaking great.Anyway..
Engana-trouxa?Aaah,não..Eu não sei fazer isso,eu acho.Não com palavras escritas.

Johanna disse...

E se ela tiver esquecido a noção no tal do táxi? Porque ela não percebe que tudo sempre esteve ali mesmo. E faço as palavras da Ila, as minhas.