Tão perto. Vi o cara chegando, vi ele te segurar, vi ele apontar o cano da arma na sua cabeça, vi a arma - prateada e brilhante - o tambor devia ter umas seis balas ou algo assim, ouvi ele gritar qualquer coisa, me virei. Vi vocês ainda rindo, chamei a atenção de qualquer jeito meio que avisando 'oi, estamos sendo assaltados', peguei a bolsa no chão, joguei o dinheiro e botei o celular na mochila dele. Tão perto. Vi você chorando com as mãos no rosto, vi a arma outra vez, vi o cara -Tá bom! Tá bom! Agora vaza!! - vi a mochila, vi meus pés, vi você, vi uns fones sobre algumas notas, vi as costas dele, vi ele olhar para trás, me virei e andei. Parei e respirei pela primeira vez, vi vocês todos, vi o balanço ainda balançando. Passou, passou. Depois vi montes de cabelos de cores distintas, montes de bochechas, montes de orelhas, montes de ombros - foram montes de abraços - e senti lágrimas.
E foi tudo confuso assim. Não vamos repetir a dose, tá?
6 comentários:
Não precisava nem pedir.
dose agora so de alcool okz?
Sim, senhora.
é isso ai, é só eu deixar sozinhos por um dia e vocês já se metem em encrenca, poxa!Não posso mesmo abandonar vocês.
isso num aconteceu não, né? pelamordideus! ai, to péssima. ta tudo bem? beijo, amorinho!
Hm... de novo, eu não vou dizer nada...
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