Entrei no taxi assim que o telefone começou a tocar, cuspi o endereço enquanto procurava o celular na mochila, atendo ou não atendo? Ah, atendo vai.
- Alô?
- Oi.
- Quem é? - A voz me perguntou.
- Hm.. não é o Pedro. Ele esqueceu o celular dele comigo.
- Ah tá. Oi, é o Arthur.
- Oi, Arthur, é a Nana.
- Nana? Ah, eu conheço você!
- Sério?
- Não, acho que não.
Eu ri.
- Também acho que não te conheço.. quer dizer.. só se você for um Arthur de cabelo cacheado, aí eu te encontrei quando eu tava indo pra Cultura com o Coxa.
- Arthur de cabelo cacheado.. ah, você que tava com ele naquele dia, né? Eu lembro.
- É, era eu.
- Era eu também. Oi, seu pai tem boi?
Ele era engraçado.
- Não, tem vaca, seu babaca.
- Achei que tinha, sua galinha.
- Não lembro qual vem depois.
- Algo com 'seu veado'.
- É, deve ser.
- Ei.. - ele chamou - faz assim.. por que você não vai pra casa do Pedro também? Eu tou indo pra lá. É bom que ele esteja lá.
- Poxa, agora não dá, tou indo pra minha casa.
- Por quê?
- Porque eu tenho que fazer isso.
- E onde você mora?
- Longe do Pedro.
- Ah bom. Então tá.
- Você ligou à cobrar, né? Acho que a gente tá gastando os créditos do Pedro.
- É, né? Então tá.
- Beijo, Arthur.
- Beijo.
Fechei o celular e o larguei de volta no bolso da mochila, foi a conversa por telefone mais estranha que eu já tive, e eu estava precisando dela. Obrigada, Arthur, por me ter feito rir.
6 comentários:
Você é louca 8D
hahaha que esquisito!
Conheço gente que se casou com menos que isso!
O Arthur é.. singular. Gosto dele.
Se for o Arthur que eu tô pensando... bem, ele não pára quieto.
arthur eh comico, faley
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