quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Le chat
Com a raiva no clímax, ela bateu a porta do apartamento ao entrar, varreu o pequeno lugar com os olhos e se deparou com um vaso chinês, do qual a originalidade era contestável, o estrangulou com as mãos e o explodiu na parede ao arremessá-lo de modo terapêutico. Os cacos do vaso chinês, que um dia foi presente do noivado que não deu certo, coloriam o chão de madeira com seus tons mortos de verde e dourado. A mulher, quando se cansou de examinar os pedaços da porcelana, se deixou cair sobre o sofá de couro e abraçou os joelhos. Seu gordo gato se arrastou preguiçosamente até o pé do móvel e lá permaneceu, adormecendo junto com sua dona, porém com as orelhas voltadas para a porta, em alerta, como se a quisesse proteger da noite, da chuva e dos perigos do lado de fora.
sábado, 21 de agosto de 2010
Ant
You: i know i'm just a stranger on the internet, but if u know about the brainwash thing, why r u there? cant u..like.. give up?
You: i mean..it doesnt really matters if its a job, u cant mess with life
Stranger: Christ I'm just a fucking monster
Stranger: Ann, you've really opened my eyes
You: its gonna be fine, u can change things, u just have to get outta there
Stranger: im gunna move somewhere far away from Britain when I get home
Stranger: they've just fucked with our heads
Stranger: the bastards
You: please,be safe
Stranger: you should see me now a royal marine crying his eyes out
You: u are a human, u are made to cry
You: tu hurt, to be hurt, to forgive and to get over
Stranger: if I met u I would hug u and say thank you
You: i'm about to cry too
Stranger: really?
You: u shouldnt make little girls cry, u know?
Stranger: ur not a little girl, u r a fantastic woman
Stranger: this would be a story to your friends, a marine fucks everything up and cries
Stranger: i just wanna get home
Stranger: 5 months down 7 to go
You: u're strong enough. u can handle it
You: dont let anyone harm u in any way
Stranger: u changed me for the better
Stranger: thank you
You: thank you
Aparentemente tudo aquilo que eu julgava meu era de uma fragilidade intensa, que com algumas palavras e um sopro decidido, se tornaram pó n'um som de cristal e se esvaíram com a brisa que pareceu sair de meus próprios pulmões, me levando o fôlego. Indefesa, fui ao chão, com as mãos prensando a barriga, enquanto eu digeria as diversas informações que circulavam meu corpo com seus sorrisos zombeteiros.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Destrinchando epifania
O sentir do macio das tuas costas ausentes por lei, na gravidade de toda a geografia que eu desconheço - do espaço vazio de onde você deveria estar só sobra o contorno pontilhado. As vezes no olhar a gente sente, e daí provem o rubor, contestável ou não, naqueles momentos característicos. A aflição toda é o estratosférico diâmetro do tempo, multiplicado pela probabilidade monogâmica e exclusiva dos sentimentos inconstantes que afogam. E nesse vai e vem de mim, canto ao vento tentando espantar as variáveis, e, ao mesmo tempo, te fazer me escutar.
Você sabe o que esperar das pessoas?
domingo, 8 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
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