Era como uma daquelas cenas de filme em que as melhores-amigas-do-mundo-todo estão com seus respectivos óculos escuros e os lenços no pescoço, os cabelos ficando para trás com a velocidade exagerada do conversível vermelho na estrada ensolarada e abandonada, a música no volume máximo e muito dinheiro para gastar - mas não havia tanto dinheiro, o conversível, tanta velocidade ou toda a produção de um filme hollywoodiano.
O carrinho popular protagonista de nossa história era dirigido por sua dona, ela se sacudia ao volante se controlando para não dançar a música que ela e a amiga haviam coreografado há muito. A outra dançava, trocando alguns gestos, mas a motorista e o carro nem notaram.
Quando não estavam cantando, as amigas tinham discussões construtivas, uma fantasiava com caras musculosos e cheios de sol aparecendo na estrada deserta para as fazer companhia, a outra reclamava por elas estarem indo para onde o vento levar e não para o Novo México, mas concordava sobre os caras ensolarados.
As horas correram com elas, com os hotéis de beira de estrada e com as paradas constantes em bares precários e pequenas cafeterias antes da chegada ao primeiro dos vários destinos temporários da viagem de duração indeterminada das garotas aventureiras. Viagem para espairecer, para abrir a mente, para desvendar, para torrar dinheiro, para buscar alvos em potencial e para perseguir o horizonte.
3 comentários:
We can stop by New Mexico if you reaaaaaaally want to.
Viagem para não voltar mais.
um dia ainda digo pros meus pais
'to indo viajar, e não sei quando eu volto, beijos, tchau.' e sair pela porta e ligar meu carrinho lindo que vai ter o nome de penelope, e sair com a penelope, e vocês todas por todos esse brasil, toda essa américa do sul, e quem sabe agnt não consegue ir lá pro norte.
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