sexta-feira, 7 de novembro de 2008

dia de ser legal de um ano qualquer

Era como uma daquelas cenas de filme em que as melhores-amigas-do-mundo-todo estão com seus respectivos óculos escuros e os lenços no pescoço, os cabelos ficando para trás com a velocidade exagerada do conversível vermelho na estrada ensolarada e abandonada, a música no volume máximo e muito dinheiro para gastar - mas não havia tanto dinheiro, o conversível, tanta velocidade ou toda a produção de um filme hollywoodiano.
O carrinho popular protagonista de nossa história era dirigido por sua dona, ela se sacudia ao volante se controlando para não dançar a música que ela e a amiga haviam coreografado há muito. A outra dançava, trocando alguns gestos, mas a motorista e o carro nem notaram.
Quando não estavam cantando, as amigas tinham discussões construtivas, uma fantasiava com caras musculosos e cheios de sol aparecendo na estrada deserta para as fazer companhia, a outra reclamava por elas estarem indo para onde o vento levar e não para o Novo México, mas concordava sobre os caras ensolarados.
As horas correram com elas, com os hotéis de beira de estrada e com as paradas constantes em bares precários e pequenas cafeterias antes da chegada ao primeiro dos vários destinos temporários da viagem de duração indeterminada das garotas aventureiras. Viagem para espairecer, para abrir a mente, para desvendar, para torrar dinheiro, para buscar alvos em potencial e para perseguir o horizonte.

3 comentários:

Ila Marinho disse...

We can stop by New Mexico if you reaaaaaaally want to.

B. disse...

Viagem para não voltar mais.

Ana Luiza disse...

um dia ainda digo pros meus pais
'to indo viajar, e não sei quando eu volto, beijos, tchau.' e sair pela porta e ligar meu carrinho lindo que vai ter o nome de penelope, e sair com a penelope, e vocês todas por todos esse brasil, toda essa américa do sul, e quem sabe agnt não consegue ir lá pro norte.